quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
..::Acordar::..
"E apesar de todo aquele calor sufocante, nos deitamos embaixo da coberta mais grossa e mais quente do mundo, só porque ela lembrava os velhos tempos, assistimos aquele filme que já cansou e rimos das piadas idiotas do protagonista, rimos do tombo da mocinha e do quão boba ela era por se entregar daquela forma. Rimos, mas no fundo, bem no fundo… Nós dois sabíamos da semelhança, sabíamos que eu igualmente me entreguei e que você igualmente fez piadas idiotas para amenizar o tombo, a queda que eu sempre tive por você, sabíamos que aquele filme era a nossa cara e por isso ele era sempre a escolha, por mais passado e babaca que ele fosse, afinal, também somos passados e babacas e sempre nos escolhemos mais uma vez. E ali, cobertos pelo cobertor mais quente de todos os tempos, o meu suor ainda era frio, frio porque você estava perto, ali, revivendo um passado que eu julguei distante e apagado, eu senti coisas que eu não sentia a tanto tempo e ali embaixo da coberta, perto do teu corpo, assistindo nosso filme e sentindo tua respiração, eu vi que é muito triste viver longe e que eu gosto mesmo é desses momentos estremos onde morri de calor nos teus braços, ou de tédio pelo nosso gosto cinematográfico, morri de vontade de te esmurrar até você parar de apertar seus braços em volta do meu corpo… Morri de amor por você. É isso, ali, onde eu estava e sempre quis estar, eu descobri que morrer de amor é o ápice da vida, é o melhor que eu poderia esperar do meu viver."
Não me faz promessas, não preciso de palavras, nunca precisei, só preciso de você, saber que você vai estar ai quando eu precisar, mesmo que não tenha me prometido nada...
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